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Sexto CD da banda capixaba, que mostra revitalização em seu trabalho, sem deixar de lado as boas características: riffs de guitarra, timbres de teclado e a poesia, a grande marca registrada da banda. O 11/09 não passa em branco no (ótimo) recado de Roma Atômica ("Boeings errantes, aterrorizantes/Cartas-toxinas de antraz/Alheia às mudanças do clima/Tua voz desafina os corais") e também na melancólica faixa-títiulo, com a intervenção de sax perfeita do patriarca Zezito. O disco é metade instrumental, metade cantado, com letras em português e inglês onde os irmãos Haddad mostram-se excelentes compositores. A grande diferença reside na bateria: Sérgio Melo mostra porque é um dos melhores do gênero no Brasil. E pela primeira vez uma composição de um dos músicos da banda (no caso de Pelissari) entrou no CD, que é a acústica Pinky's Boogie. Atenção pois as resenhas-clichês internacionais certamente irão comparar esta música à Mood for a Day, de Steve Howe. Resumindo: é o melhor disco da banda até então (páreo duro com Deuses, Homens... e Orion). Atenção para a instrumental Dança das Águas, quase perfeita. Já são quase 15 anos de existência e muito rock and roll, blues e rock progressivo na carreira! Ars Longa Vita Brevis (sim, o mesmo nome do The Nice) é o seu disco com o maior cuidado na produção.
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